domingo, 24 de abril de 2011

A loucura é o limite do capitalismo[1], para Gilles Deleuze e Félix Guattari em “O Anti-Édipo”, de tal modo que a paranóia do Deus déspota[2] se refere à dívida infinita, o que representa nos dias atuais o capitalismo financeiro e a esquizofrenia, com o esquizofrênico como produtor universal, referindo-se ao capitalismo produtivo: o faraó paranóico e o hebreu passional. O capitalismo esquizofreniza mais na periferia do que no centro financeiro. Questiona-se, no entanto, com as explorações do meio ambiente pelo capitalismo liberal predador, como a loucura está relacionada com as questões climáticas? De que forma podemos reconhecer a intervenção antrópica (discurso messiânico) e o discurso cético (leis naturais, a natureza divina)[3] sobre o meio ambiente relativo a essas práticas capitalistas?


[1] A esquizofrenia é o limite exterior do próprio capitalismo, que só funciona se a inibir. Ela é a sua diferença e a sua morte. Os fluxos monetários, a linguagem de um banqueiro, general e industrial são esquizofrênicos. Limite absoluto, a esquizofrenia é desterritorializada e passa os fluxos livremente como dessocializado (p.256).
[2] O corpo do déspota ou do deus. Cf.: Gilles Deleuze e Félix Guattari, Mil Platôs. Vol 2.
[3] José Eli da Veiga. Cf.: Aquecimento Global: Frias Contendas.


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